quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pé e Salto Alto



Na posição em pé, o pé deve ter 4 pontos de maior descarga de peso no chão: a “raiz” do primeiro e do quinto dedo (metatarsianos) e um ponto de cada lado do calcanhar (externo e interno). Se as pressões nesses pontos forem bem distribuídas, o sistema nervoso programa uma postura mais ereta e adequada possível. Se um ponto for mais pressionado do que outro, seja por má posição do pé ou por um sapato inadequado, a postura resultante não será ideal.
Nossos pés têm vários ossos que se movem entre si garantindo as seguintes funções: adaptar os pés as desigualdades do solo e garantir a impulsão da perna na marcha.

Passo

O pé que avança a frente toca o chão com o ponto de apoio externo do calcanhar. Em seguida, enquanto o outro pé deixa o chão, os outros 3 apoios devem tocar o solo. No momento em que o pé vai deixar o solo (impulso), somente o ponto de apoio na “raiz” do primeiro dedo está apoiado e este primeiro dedo (hálux) é que dá o impulso final para o pé deixar o solo.

Sapato ideal

Deve ser aquele que permita ao pé desempenhar suas funções de adaptação as desigualdades do solo e de impulso na marcha. Tem as seguintes características:

1)sola deve ser flexível e antiderrapante, garantindo segurança e funcionalidade para os 4 pontos de apoio

2)a largura e a altura do pé devem ser bem acomodadas. Sapatos largos podem causar bolhas por conta dos atritos para conseguir manter o calçado no pé. Sapatos estreitos (bico fino) podem causar deformidades como as joanetes. Ambos impedem a correta funcionalidade dos pés. Sapatos devem “cair como uma luva” desde a primeira vez em que são utilizados.

3)O bico deve seguir a forma da ponta do pé. Se for quadrado, não há problema. Se for bicudo, o bico deve moldar-se a forma do primeiro dedo para dar espaço para os demais se acomodarem (arredondado). Para saber se o pé está bem acomodado em um sapato, basta desenhar num papel a planta do pé e depois por cima o contorno do sapato. Quanto menor o contorno do calçado em relação ao do pé, haverá maiores pressões.

4)O salto não deve impedir que o calcanhar tenha 2 pontos de apoio no chão. O salto alto e fino não permite o contato correto do calcanhar apoiando-se diretamente a região anterior do pé no solo durante a marcha.

Salto alto

Um salto alto e fino impede o contato inicial do calcanhar durante o passo. Ao apoiar o salto no chão, o pé escorrega para a frente impondo enorme peso na região dos dedos e antepé que são locais muito mais frágeis que o calcanhar. Este é constituído por um único osso largo e forte exatamente para receber peso. Além disso, se o calcanhar é mantido elevado pelo uso constante do salto alto, a musculatura da panturrilha irá se encurtar, prejudicando sua função de impulso e de verticalização da perna quando estamos de pé. Durante a marcha, se o primeiro amortecimento não é feito pelo pé que está no salto alto, joelhos e coluna irão sofrer mais para se acomodarem as novas pressões e a postura. Com o salto, a perna é jogada para trás, a curva da coluna lombar aumenta (hiperlordose) assim como a cifose (“corcunda”). O uso frequente e excessivo do salto, faz com que estas alterações sejam permanentes e prejudiquem as articulações.


Salto alto razoável

- Não deve ser fino permitindo que os pontos de apoio do calcanhar entrem em contato com o solo.
- Tem altura em torno de 4cm, experimentando sempre para sentir se o peso não se concentra excessivamente na região dos dedos.
- Associa bico quadrado ou fino anatômico.


Baseado em: Postura Corporal – Um guia para todos (Angela Santos)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Lombalgia


Lombalgia significa dor nas costas (na região mais baixa da coluna), e não é um diagnóstico, apenas um sintoma que pode ou não estar relacionado com alguma doença.

A fonte de dor pode estar nas articulações, discos, vértebras, músculos ou ligamentos, que podem sofrer irritação ou inflamações. Um traumatismo específico ou uma atividade estenuante podem provocar dor, entretanto, 80% das vezes a causa não é óbvia. Também é bastante reconhecido que a dor pode ser muito influenciada por estresses psicológicos e má postura.

A lombalgia é uma das grandes causas de morbidade e incapacidade funcional, tendo incidência apenas menor que a cefaléia entre os distúrbios dolorosos que mais acometem o homem. Atinge, igualmente, homens e mulheres. A faixa de maior risco é a economicamente ativa entre 30 e 50 anos de idade.

O fato é que cerca de 80% das pessoas têm algum episódio de dor nas costas no decorrer da vida. Em 90% dos casos esta dor desaparece sem necessidade de qualquer tratamento. O grande problema está nos 10% restantes que evoluem com dor crônica ou com várias crises reincidentes.

COMO É UMA CRISE DE LOMBALGIA?

• Dor localizada na região lombar;
• Piora da dor com movimentos do tronco, principalmente flexão e/ou extensão;
• Associada ou não a espasmos e contraturas musculares;
• Piora da dor em sentado;
• Geralmente melhora em 4 a 6 semanas (caso a dor não diminua é necessário melhor investigação);
• Dor ou outros sintomas irradiados para membros inferiores pode ser indicativo de hérnia de disco (consulte seu médico e fisioterapeuta).

QUAL O TRATAMENTO DA CRISE DE LOMBALGIA?

• Repouso no leito: é recomendado para casos de dor forte com contratura da musculatura, mas não deve exceder 2 ou 3 dias. Depois disso, o paciente deve começar a se movimentar.
• Compressas de calor: relaxa a musculatura (2 a 3 vezes por dia por 20 minutos).
• Medicamentos: consulte seu médico.
• Fisioterapia:
Fase aguda: medidas analgésicas (ultra-som, TENS), alongamentos, hidroterapia.
Melhora da dor: alongamentos e exercícios de fortalecimento, principalmente para abdominais. O enfoque é dado a programas de conscientização postural (RPG) e exercícios (Pilates), sempre sob orientação profissional.
A pessoa é encorajada a retornar ao trabalho e a iniciar atividades físicas controladas (caminhada, natação) o mais breve possível.

O importante é a prevenção da LOMBALGIA!
É fundamental a prática frequente de ATIVIDADE FÍSICA e a manutenção de uma BOA POSTURA!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Doação de Medula Óssea

A doação é um ato de solidariedade e pode ajudar pacientes que têm o transplante como única chance de cura. Atualmente, existem cerca de 1200 pacientes aguardando um transplante de medula óssea no Brasil. Por isso, quanto maior o número de brasileiros cadastrados para ser um doador, maiores serão as chances dos pacientes (a chance de encontrar um doador é de um para cem).

A medula óssea é um tecido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos. Nela são produzidos os componentes do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. O transplante de medula óssea é recomendado a pacientes com doenças que afetam essas células, como leucemia, anemia aplásica e linfomas. O transplante é a substituição da medula óssea doente por uma saudável. Com isso, o organismo do paciente transplantado passa a produzir novas células e se recupera.

A doação da medula óssea é um procedimento seguro e não causa qualquer problema a saúde do doador.

Para se cadastrar no Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea) basta ir a um hemocentro. É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade. No Hemocentro será preenchido um cadastro (é preciso levar um documento de identidade com foto) e colhido 5ml de sangue. Esse sangue será examinado para serem identificadas todas as características genéticas que podem ser cruzadas com as características de um paciente para saber se há compatibilidade para uma doação.
No caso de ser chamado para uma doação, o procedimento é simples. O doador é anestesiado e a medula é retirada através de punções do interior dos ossos da bacia. O doador sai no dia seguinte do hospital com indicação de analgésicos simples e retorna as atividades habituais uma semana após a doação.

Por isso, vamos incentivar esta rede de solidariedade. Se tiver entre 18 e 55 anos, procure um Hemocentro e faça seu cadastro. E não esqueça de manter seu cadastro sempre atualizado! Eu farei isso e você?

Mais informações: www.inca.gov.br
Hemocentro em SP:
Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Rua Marquês de Itu, 579, Vila Buarque - São Paulo -SP
Fone: (11) 2176-7000 - ramal 7249.