segunda-feira, 22 de julho de 2013

Casa Hope

Ontem assisti a uma entrevista da fundadora da Casa Hope, Claudia Bonfiglioli. Pude conhecer um pouco mais do trabalho sério e tão importante desta instituição buscando o cuidado, apoio e integração dos pacientes e familiares carentes. Um cuidado que infelizmente os governos não são capazes de oferecer. Por isso esse instituição merece toda a divulgação e apoio e que muitas instituições como a Casa Hope, estejam presentes para acolher e ajudar os brasileiros.

Conheça mais em: www.hope.org.br

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Ministério da Saúde, o câncer é a primeira causa de morte por doença na faixa de 1 a 19 anos. Neste contingente , porém, 77% dos doentes têm sobrevida média de cinco anos. Após esse período, o doente deve fazer exames anuais para controle, pois hoje o câncer é considerado uma doença crônica.

A Casa Hope hospeda crianças, adolescentes e transplantados durante os procedimentos e tratamentos a que são submetidos, oferecendo-lhes moradia, cinco refeições diárias, transporte para os hospitais, atendimento psicológico, assistência social, terapia ocupacional, escola, capacitação profissional, entretenimento e sociabilização, com todos os cuidados necessários.

A Casa Hope não é um hospital, mas uma casa de apoio. Não medica, não realiza procedimentos. É voltada para a saúde, não para a doença. Não é assistencialista, é participativa.


Fibromialgia - Quando tudo dói

A dor geralmente aparece nos ombros e braços, depois se espalha pelo corpo todo, chegando aos ossos, tendões, músculos e articulações. Pode se arrastar por dias, meses e até anos. Junto a esses sintomas pode vir um cansaço inexplicável, o sono que não relaxa.


Também há quem reclame de dificuldade de concentração, depressão, sensação de formigamento em braços e pernas, dores de cabeça e até de cólicas intestinais. Para se livrar do problema, o paciente costuma passar por vários especialistas, antes do diagnóstico de fibromialgia.


Essa demora em se chegar à conclusão de que as dores apontam para fibromialgia reside no fato de não haver nenhum exame laboratorial ou radiológico que comprove o diagnóstico, que é exclusivamente clínico e requer histórico e exame físico detalhados. Dessa forma, consultas médicas rápidas e baseadas em laudos de exames não trazem resultados, o que faz pacientes passarem por diversos médicos, realizarem uma série de exames sem chegarem a nenhum diagnóstico.


Entre os pacientes com o problema, 90% são mulheres. A causa é atribuída ao desequilíbrio de neurotransmissores responsáveis por inibir ou gerar a dor, como a serotonina. Há uma substância diretamente relacionada aos mecanismos da fibromialgia: é a substância P, do inglês Pain – que significa dor. “O excesso da substância P no organismo resulta em maior percepção da dor”, explica Evelin Goldenberg, reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e autora do livro O Coração Sente, O Corpo Dói (Editora Atheneu).


Pesquisas mostram três vezes mais substância P no organismo dos portadores da síndrome, além da queda na produção de serotonina. “Há um excesso de agentes que enviam informações dolorosas, somado à redução nos níveis dos que suprimem a dor”, completa a reumatologista.


Gatilhos da dor
Acredita-se que há pessoas com predisposição genética para a fibromialgia, mas só manifestam a crise frente a desencadeantes. Os principais são: trauma físico ou emocional, doenças infecciosas (como gripe e hepatite C), perdas prolongadas de sono, grandes modificações hormonais e mudanças climáticas. Em seu livro, dra. Evelin afirma que há estudos sugerindo que 60% dos portadores de fibromialgia têm familiares com a doença, ou ainda doenças relacionadas à serotonina.


O diagnóstico do problema é complexo. Exames radiológicos ou laboratoriais não revelam a síndrome, que tem seu diagnóstico exclusivamente clínico, por meio de história e exame físico detalhados e a palpação de ‘tender points’, ou pontos de tensão. Ao todo são 18 e o critério do Colégio Americano de Reumatologia para o diagnóstico é a presença de dor generalizada pelo corpo por pelo menos 3 meses e a presença de 11 em 18 tender points.


Tratamento e prevenção
Não há vacinas ou outros métodos que possam prevenir o surgimento da doença. O que se pode fazer é adotar atitudes simples que tornem as circunstâncias menos favoráveis à fibromialgia, o que não garante estar fora de perigo.


O importante para quem tem a síndrome é manter a qualidade de vida, uma vez que até o momento não há cura. Muitos dos sintomas podem ser amenizados contando com a ajuda de medicamentos e terapias como a acupuntura, sessões de relaxamento e massagem.


Dieta: há expectativa com relação às fontes de triptofano, o aminoácido precursor da serotonina, que ajuda a inibir a dor. Esse aminoácido apresenta-se em quantidade insuficiente no organismo dos portadores da síndrome. O triptofano pode ser encontrado na banana, milho, arroz integral, legumes, leite e mel. Entretanto a dra. Evelin adverte: “Ainda não está comprovada a importância de dieta nesses pacientes”.


Exercícios físicos: músculos sem treinamento são mais vulneráveis a lesões e, por consequência, a desencadear traumas capazes de impulsionar o desenvolvimento da fibromialgia. A recomendação é a realização de exercícios físicos de caráter lento e progressivo, individualizados e sob a orientação de profissional especializado. A Fisioterapia tem um importante papel na melhora do controle da dor e no aumento ou manutenção das habilidades funcionais do paciente em casa ou no trabalho, assim como na redução de outros sintomas que lhe causam sofrimento.
Os programas de exercícios físicos promovem os maiores ganhos na diminuição do impacto dos sintomas da fibromialgia na vida dos pacientes. Os exercícios de baixa intensidade, ou aqueles em que o paciente é capaz de identificar o limite de seu esforço e dor, parecem ser os mais efetivos.
Além disso, a aderência aos programas de exercícios é a melhor maneira de se prolongarem os ganhos terapêuticos. A literatura faz referência a outros recursos fisioterapêuticos, como a TENS e o biofeedback, que desempenham um papel mais parcial, pois mostram efeitos somente a curto prazo.



Estresse: procure afastar-se das fontes de estresse e desenvolver melhores formas de administrá-lo como técnicas de respiração, yoga, meditação e acupuntura. As pessoas estressadas sofrem mais com a dor, insônia e irritabilidade, fatores que podem desencadear a fibromialgia.


Sono: perder várias noites de sono pode se tornar fonte de fadiga e dor. O mais indicado é estabelecer um horário para dormir e evitar bebidas que contenham álcool e cafeína e a prática de exercícios físicos exaustivos à noite.


Antecedentes familiares: quem tem familiares com fibromialgia deve manter dieta balanceada, praticar exercícios e ter boas noites de sono. Se a dor aparecer, esqueça os analgésicos e procure um especialista no assunto. O tratamento precoce pode evitar a dor crônica.


Fontes: http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/quando-tudo-doi.aspx
Marques AP, Matsutami LA, Ferreira EAG, Mendonça LLF: A fisioterapia no tratamento de pacientes com fibromialgia: uma revisão de literatura. Rev Bras Reumatol 42: 42-48, 2002.

terça-feira, 6 de março de 2012

Dor no trabalho - Postura sentada

Dor no trabalho. É possível evitá-la?

Nos dias de hoje fazemos cada vez mais tarefas ao mesmo tempo. Além disso, você já parou para pensar quanto tempo passa sentado em um dia? Com certeza muito mais do que o ideal.

Não que exista um tempo certo para ficarmos sentados, porém quanto mais sentados ficamos ao longo de um dia, maiores são as possibilidades de desenvolvermos algum tipo de dor ou desconforto. Além da dor causada pelo longo período em uma mesma posição, soma-se a isso o estresse das responsabilidades e atividades no trabalho, que deixam nossos músculos mais tensos e, consequentemente, trazem ainda mais dor e muito desconforto.

E porque ficar sentado causa tanto desconforto?
Essa posição leva ao encurtamento dos músculos posteriores do nosso corpo, principalmente os dos membros inferiores e da coluna lombar. Ou seja, quanto mais tempo sentado, maior o encurtamento.

Além de causar dor muscular, esse encurtamento também aumenta a sobrecarga nas articulações, podendo dificultar a circulação e comprometer a postura, gerando dor de forma constante na região da coluna e nas pernas.


Ficar sentado por um longo tempo também aumenta a tensão dos músculos cervicais, gerando dor local, dor de cabeça e muitas vezes a sensação de formigamento e falta de força nos membros superiores, por causa da compressão dos nervos cervicais.

Veja algumas dicas de como prevenir as dores relacionadas ao trabalho:

- Antes de qualquer coisa, pratique atividades físicas regulares: escolha a que lhe traga mais prazer. Exercícios melhoram a flexibilidade, o condicionamento físico, relaxam a musculatura e proporcionam uma sensação de bem-estar, o que pode melhorar até o seu rendimento no trabalho;

- Evite passar muito tempo sentado: programe ao longo do seu dia pausas no trabalho, mesmo que pequenas (cerca de um minuto). Procure caminhar alguns passos para tomar água ou buscar um documento na impressora. Evite utilizar a impressora na sua mesa de trabalho, estas pausas proporcionarão a melhora da circulação dos membros inferiores e evitarão encurtamentos musculares, além de “arejar” os pensamentos;

- Participe das aulas de ginástica laboral: exercícios de alongamento e relaxamento quando realizados de forma sistemática melhoram a flexibilidade, reduzem a possibilidade de tensões musculares e diminuem a dor;

- Trabalhe com alegria!

E, se mesmo assim a dor persistir, procure um médico especialista ou fisioterapeuta para lhe avaliar.

Fonte: http://blog.einstein.br/categoria.aspx?categoria=Em Dia com a Sa%C3%BAde

Musculação na adolescência

Musculação na adolescência: praticar ou não?

Dos 10 aos 15 anos, o pré-adolescente está em crescimento acelerado. Por isso, muitos cuidados devem ser tomados.

Na musculação, é alto o risco de comprometer a cartilagem, que faz a ligação dos ossos com os músculos, pois a repetição de exercícios, com peso, pode ocasionar um processo inflamatório – chamado de osteocondrite - interferindo na cartilagem de crescimento. Por isso, a prática só é indicada depois da puberdade, quando os hormônios se estabilizam e o adolescente ganha uma força muscular muito maior.

A musculação, se praticada de forma exagerada, pode ocasionar uma fratura por estresse, causada pela excessiva repetição do movimento com sobrecarga, gerando desgaste ósseo.

Algumas recomendações importantes:
- Condicionamento físico prévio. Se for a primeira atividade física da criança, deve ser feito um trabalho aeróbico;
- Aquecimento e alongamento antes de qualquer atividade;
- Treino planejado de acordo com a idade, a altura e o peso da criança;
- Cuidado com o material utilizado. Se crianças quiserem praticar a atividade, a melhor opção é realizar exercícios com elástico, bolas e saltos para movimentar as pernas;
- Frequência: até três vezes por semana, com duração de, no máximo, 1 hora;
- Série com cargas baixas;
- Cuidados redobrados com a hidratação e a alimentação da criança.

Fonte: http://blog.einstein.br/categoria.aspx?categoria=D%C3%BAvidas sobre Sa%C3%BAde

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Lesões Musculares

É comum o tratamento de lesões musculares (estiramento, contratura) em um consultório de Fisioterapia. Por isso, vamos saber mais a respeito!

As lesões musculares podem ocorrer por diversos mecanismos, seja por trauma direto (pancada), movimento abrupto ou em amplitude excessiva, laceração ou isquemia.
As principais causas de lesão são o treinamento físico inadequado, a retração muscular acentuada, desidratação, nutrição inadequada e a temperatura ambiente desfavorável.

Após a lesão, inicia-se a regeneração muscular, com uma reação inflamatória, entre 6 e 24 horas após o trauma (por isso ´neste período aparece intensa dor acompanhada ou não de hematoma, inchaço e perda funcional).

O processo de cicatrização inicia-se cerca de três dias após a lesão, com estabilização em três semanas. A restauração completa pode levar até 60 dias para se concretizar, desde que seja feito um bom trabalho de reabilitação.

As lesões musculares podem ser classificadas em quatro graus: grau 1 é uma lesão com ruptura de poucas fibras musculares, mantendo-se intacta a fáscia muscular (estrutura que envolve o músculo); grau 2 é uma lesão de um moderado número de fibras, também com a fáscia muscular intacta; lesão grau 3 é a lesão de muitas fibras acompanhada de lesão parcial da fáscia; grau 4 é a lesão completa do músculo e da fáscia (ou seja, ruptura total).

A lesão muscular por estiramento pode ocorrer nas contrações concêntricas (quando o músculo está em contração e com o comprimento diminuído) ou excêntricas (músculo em contração mas alongado, caso das amplitudes exageradas realizando força), sendo muito mais comum nesta última, com a falha freqüentemente ocorrendo na junção miotendínea (ponto de transição entre uma estrutura pouco elástica - tendão - e outra mais móvel - o músculo propriamente dito).

O diagnóstico é realizado pelo exame clínico; quanto mais intensos os sintomas e impotência funcional, mais severa é a lesão muscular. A Ultrassonografia, a Tomografia e a Ressonância Magnética também podem ser consideradas para auxiliar no diagnóstico e tratamento, tendo em vista que a correta localização anatômica da lesão é fundamental para o tratamento e previsão de retorno ao esporte.

Tratamento

A imobilização do músculo após a lesão, como em qualquer outro tecido, pode levar a atrofia e portanto deve ser evitada. A perda de massa muscular ocorre rapidamente e depois tende a estabilizar e a perda de força ocorre simultaneamente. A resistência à fadiga diminui rapidamente.
Já a mobilização precoce aumenta a resistência das fibras à tensão, melhora a orientação das fibras e mantém uma adequada vascularização do músculo, evitando a atrofia muscular.

Deve-se instituir de imediato a aplicação de gelo local, repouso relativo e medicações anti-inflamatórias.
Após dois a três dias inicia-se então o tratamento fisioterapêutico, com ênfase em analgesia, ganho lento e progressivo de mobilidade / alongamento, fortalecimento muscular e melhoria da resistência. A seguir trabalha-se a propriocepção e o condicionamento geral do atleta, com liberação completa ao esporte quando o atleta se encontrar nas mesmas condições pré-lesão e sentir segurança para retornar.

Prevenção de lesões musculares

As lesões musculares podem ser evitadas através de um bom condicionamento físico, trabalhando a força muscular adequadamente e mantendo um bom alongamento da musculatura.

Baseado em: http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/lesoes_musculares.htm

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A descoberta da Aspirina (Drauzio Varella - Folha de SP 14/01/12)

Em 1763, Edward Stone descreveu os efeitos medicinais da casca do salgueiro no alívio dos sintomas da malária. Foi o primeiro ensaio clínico da história da medicina, passo essencial para o desenvolvimento da aspirina.
O Papiro de Ebers, livro texto escrito em 1534 antes de Cristo, descreve um tônico obtido a partir da casca do salgueiro e este tônico era receitado para aliviar dores nas juntas e outras partes do corpo.
No século 19, com a prosperidade e inovações tecnologicas, iniciou-se a competição para sintetizar o princípio ativo presente no salgueiro.
Ao redor de 1850, tornou-se popular o uso de medicações com os nomes de salicilina, acido salicilico e salicilato de sódio para tratamento de dores, febre e inflamações.
Depois, o desafio passou a ser a síntese química de um derivado que não fosse tão toxico para o estômago.
Em 1894, Felix Hoffmann, químico que se juntou a Bayer, conseguiu sintetizar o ácido acetilsalicilico, finalmente registrado como Aspirina no dia 01/02/1899.
No mundo são produzidas 40 mil toneladas de ácido acetilsalicilico por ano, droga sobre a qual já foram publicados mais de 26 mil trabalhos cientificos.
Propriedades: antitérmico, anti-inflamatório e inibição da agregação plaquetária.
Graças a este último efeito, passou a ser indicado na prevenção de doenças cardiovasculares.

É comprovado que administrar doses baixas de aspirina depois de um derrame cerebral ou ataque cardíaco, reduz o risco de um segundo episódio.
Agora o que todos devem saber: 162 a 325mg de aspirina administrados nas primeiras 24h depois de um infarto reduzem pela metade o risco de morte ou de ocorrer um segundo infarto.
Em caso de não haver médico por perto de alguém com dor sugestiva de ataque cardíaco, não esqueça: 2 a 3 comprimidos de 100mg de ácido acetilsalicilico. Mal não fará.


Trechos da coluna do dr. Drauzio Varella publicada em 14/01/12 na Folha de São Paulo

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Benefícios da caminhada



Você conhece algum exercício mais fácil de praticar do que a caminhada? Ela não exige habilidade, pode ser feita a qualquer hora do dia, não tem restrição de idade e ainda pode ser feita dentro de casa se a pessoa tiver uma esteira. "Para uma pessoa que não pratica nenhum tipo de esporte, uma caminhada de 10 minutos por dia já provoca efeitos perceptíveis ao corpo" explica o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp. Além da melhora do condicionamento físico, as vantagens de caminhar para a saúde do corpo e da mente são muitas, e comprovadas pela ciência.

1.Melhora a circulação

Um estudo feito pela USP, de Ribeirão Preto, provou que caminhar durante aproximadamente 40 minutos é capaz de reduzir a pressão arterial durante 24 horas após o término do exercício. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão. Além disso, a caminhada faz com que a as válvulas do coração trabalhem mais, melhorando a circulação de hemoglobina a e oxigenação do corpo.

2. Combate a osteoporose

O impacto dos pés com o chão tem efeito benéfico aos ossos. A compressão dos ossos da perna, e a movimentação de todo o esqueleto durante uma caminhada faz com que haja uma maior quantidade estímulos elétricos em nossos ossos, chamados de piezelétrico. Esse estímulo facilita a absorção de cálcio, deixando os ossos mais resistentes e menos propensos a sofrerem com a osteoporose.

3. Afasta a depressão


Durante a caminhada, nosso corpo libera uma quantidade maior de endorfina, hormônio produzido pela hipófise, responsável pela sensação de alegria e relaxamento. Quando uma pessoa começa a praticar exercícios, ela automaticamente produz endorfina. "Começar a caminhar é o inicio de um círculo vicioso. Quanto mais você caminha, mais endorfina seu organismo produz, o que te dá mais ânimo. Esse relaxamento também faz com que você esteja preparado para passar cada vez mais tempo caminhando", explica Paulo Correia.

4. Deixa o cérebro mais saudável

Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento. Entretanto, um novo estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, mostra que esse efeito antienvelhecimento do exercício pode ser possível também em relação ao cérebro, ao aumentar seus circuitos e reduzir os riscos de problemas de memória e de atenção. "Os estímulos que recebemos quando caminhamos aumentam a nossa coordenação e fazem com que nosso cérebro seja capaz de responder a cada vez mais estímulos, sejam eles visuais, táteis, sonoros e olfativos", comenta Paulo Correia. Outro estudo feito pela Universidade de Pittsburgh, afirma que as pessoas que caminham em média 10 quilômetros por semana apresentam metade dos riscos de ter uma diminuição no volume cerebral. Isso pode ser um fator decisivo na prevenção de vários tipos de demência, inclusive a doença de Alzheimer.

5. Diminui a sonolência

A caminhada durante o dia faz com que o nosso corpo tenha um pico na produção de substâncias estimulantes, como a adrenalina. Essa substância deixa o corpo mais disposto durante as horas subsequentes ao exercício. Somado a isso, a caminhada melhora a qualidade do sono de noite. "Como o corpo inteiro passa a gastar energia durante uma caminhada, o nosso organismo adormece mais rapidamente no final do dia. Por isso, poucas pessoas que caminham frequentemente têm insônia e, consequentemente, não tem sonolência no dia seguinte", completa o especialista da Unifesp.

6. Mantém o peso em equilíbrio e emagrece

Esse talvez seja o benefício mais famoso da caminhada. "É claro que caminhar emagrece. Se você está acostumado a gastar uma determinada quantidade de energia e começa a caminhar, o seu corpo passa a ter uma maior demanda calórica que causa uma queima de gorduras localizadas", afirma Paulo Correia. Pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que, mesmo horas depois do exercício, a pessoa continua a emagrecer devido à aceleração do metabolismo causada pelo aumento na circulação, respiração e atividade muscular.

7. Protege contra derrames e infartos

Quem anda mantém a saúde protegida das doenças cardiovasculares. Por ajudar a controlar a pressão sanguínea, caminhar é um fator de proteção contra derrames e infarto. "Os vasos ficam mais elásticos e mais propícios a se dilatarem quando há alguma obstrução. Isso impede que as artérias parem de transportar sangue ou entupam", diz Paulo. A caminhada também regula os níveis de colesterol no corpo. Ela age tanto na diminuição na produção de gorduras ruins ao organismo, que têm mais facilidade de se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos e por isso causar derrames e infartos, como no aumento na produção de HDL, mais conhecido como colesterol bom.

8. Diabetes

A insulina, substância que é responsável pela absorção de glicose pelas células do corpo, é produzida em maior quantidade durante a prática da caminhada, já que a atividade do pâncreas e do fígado são estimuladas durante a caminhada devido à maior circulação de sangue em todos os órgãos. Outro ponto importante é que o treinamento aeróbico intenso produzido pela caminhada é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes. Assim fica comprovado que os exercícios têm ainda mais benefícios contra o mal do que se pensava anteriormente. "Quanto maior a quantidade de insulina no sangue, maior a capacidade das células absorverem a glicose. Quando esse açúcar está circulando livremente no sangue, pode causar diabetes", explica o fisiologista da Unifesp.

Fonte: http://minhavida.uol.com.br/conteudo/12490-11-beneficios-da-caminhada-para-o-corpo-e-a-mente.htm

terça-feira, 29 de março de 2011

Folha de São Paulo - Doença do Laptop

O uso prolongado dos notebooks tem aumentado os casos de dores e lesões em ligamentos e articulações. O formato do aparelho dificulta uma boa postura durante a digitação e pode causar problemas nos ombros, cotovelos, punhos e na coluna, além de dor de cabeça.

O especialista em reabilitação Kevin Carneiro, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), cunhou o termo "laptoptite" em analogia a doenças como a tendinite para designar os problemas causados pelo aparelho. "A diferença para os desktops é que, no notebook, o monitor e o teclado estão conectados, o que dificulta o posicionamento do corpo", disse Carneiro à Folha.

No Brasil, a tendência é a mesma. Em 2010, as vendas de notebooks superaram pela primeira vez as de desktops _foram vendidos mais de 7 milhões de computadores portáteis, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. A preferência pelos laptops é impulsionada pela queda nos preços e a facilidade no transporte. Os efeitos já são vistos nas clínicas.

"Recebo muitos pacientes com dores. A maioria dos problemas é de postura. A pessoa deita na cama e quer resolver tudo no laptop: não dá para ficar sem dor", diz Paulo Randal Pires, presidente do Comitê de Mão da Sbot (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).

Um estudo publicado em fevereiro na revista "Ergonomics" por pesquisadores da Boston University Sargent College, nos EUA, mostrou que usar o notebook por mais de quatro horas por dia já traz riscos de dores e lesões. "O ideal seria usar esse tipo de computador só para emergências e viagens", diz Raquel Casarotto, professora de fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP.

A pesquisa também avaliou o impacto do uso de cadeiras adequadas, suporte e teclado sem fio na redução de dores de 88 universitários durante três meses. O grupo que usou os acessórios apresentou menos problemas.

Como o monitor do notebook é fixo, não dá para deixá-lo na altura ideal sem a ajuda dos acessórios. No improviso, o usuário força o pescoço para baixo, tensionando ombros e coluna. Os punhos também ficam mais tensos, porque é mais difícil apoiá-los no laptop. A posição errada altera a circulação sanguínea e afeta a nutrição dos tecidos, o que pode causar inflamações.

O ideal é acoplar um teclado ao aparelho, para melhorar a posição das mãos, e usar um suporte para elevar a tela à altura dos olhos.


A altura das teclas deve permitir que os ombros fiquem relaxados por isso, o notebook não deve ser usado no colo, na cama ou em mesas altas, como as de jantar.

Quanto menor o aparelho, maiores são os riscos. Teclas pequenas obrigam o usuário a adotar uma postura restrita, comprimindo músculos e gerando tensão em todo o corpo.

Atenção também aos tablets, que devem ficar apoiados em mesas. Segurá-los causa dores nos punhos e nos dedos. Mesmo na mesa, o pescoço fica curvado para baixo, piorando a postura. "Ler no tablet não traz riscos, também não é proibido digitar rapidamente. Mas usá-lo sempre para navegação trará problemas, porque o aparelho precisaria ser colocado na vertical, o que é inviável", diz Casarotto.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Folha de São Paulo - Alongamento antes de corrida não evita lesões

Segue texto da reportagem da Folha de São Paulo de 21/02/11.

Uma pesquisa com 3000 voluntários nos EUA mostra que alongamento não protege contra lesões. O pesquisador pediu que metade dos corredores que participaram do estudo se alongassem por até 5 minutos antes da atividade. A outra metade correu sem se alongar. Nos dois grupos, cujos integrantes corriam ao menos 16km por semana, a proporção de atletas que dofreu lesões foi similar: 16%. O estudo, que durou 3 meses, foi divulgado em reunião na Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos. Os fatores de risco mais importantes foram lesões crônicas ou recentes e excesso de peso.

Minha opinião: os artigos normalmente mostram esses resultados. O que considero importante é realizar um bom aquecimento antes de qualquer prática esportiva (que pode sim incluir alongamentos suaves de curta duração e uma pré atividade aeróbia de 5 minutos) e finalizar a prática com os alongamentos. Qualquer prática envolve contração muscular repetida e por isso o alongamento ao final é bem vindo para auxiliar no relaxamento e para dar uma informação final aos músculos de comprimento muscular adequado. E isso sim, acredito ser importante para previnir lesões pois você oferece diferentes demandas aos músculos equilibrando assim suas ações (contração e relaxamento).

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Joelho



O joelho é a articulação intermediária do membro inferior (que chamamos de perna) formada por 3 ossos:
- fêmur: constitue a coxa
- tibia: constitue a perna (segmento abaixo do joelho) juntamente com a fíbula (osso mais fino e lateral que tem relação com o tornozelo)
- patela (antiga rótula): osso pequeno que está a frente da articulação e que tem como função melhorar a ação do músculo da frente da coxa (quadríceps)

Esta articulação permite os movimentos de dobrar (flexão) e esticar (extensão) da perna, além de pequenos movimentos rotacionais importantes na função de suporte de carga do joelho.

Dentro do joelho, que é involto por uma cápsula fibrosa, exitem 2 meniscos (medial e lateral) que são espécies de almofadas que melhoram o contato entre os ossos e auxiliam na distribuição de pressão quando o pé entra em contato com o solo (amortecimento). O menisco medial é mais fixo ao osso e por isso é mais propenso a lesões quando ocorre torção do joelho.

Ainda dentro da articulação e no centro, estão os ligamentos cruzados (anterior e posterior). São estruturas que ajudam a conter movimentos indesejados entre o fêmur e a tibia, seja para frente, para trás ou em rotação. Por terem uma elasticidade limitada podem se romper na torção do joelho (quando o pé está preso no solo fixando a tibia e o fêmur roda sobre ela excessivamente). Por fora da cápsula que envolve o joelho existem ainda outros 2 ligamentos chamados colaterais que auxiliam na estabilidade lateral.

Recobrindo os ossos, por dentro da articulação, existe a cartilagem articular que facilita o deslizamento entre os ossos durante os movimentos do joelho. Quando existe alguma alteração na mecânica da articulação ou desvios posturais nessa região, o contato entre os ossos pode ser maior. Isto vai desgastando a cartilagem gerando a chamada condromalacea. Com a progressão deste quadro sem tratamento, o osso vai espessando para suprir a ausência da cartilagem ocasionando a artrose.

A melhor forma de proteger os meniscos, ligamentos e cartilagem articular que são estruturas de AUXÍLIO na estabilidade e movimentação do joelho, é o fortalecimento e manutenção da flexibilidade (alongamento) dos músculos relacionados com esta articulação. Entre eles temos o quadríceps (na frente da coxa, realiza a extensão do joelho), os isquiotibiais (atrás da coxa, realizam a flexão) e o tríceps da perna (músculo da panturrilha, importante estabilizador do joelho quando estamos de pé). Os músculos têm importante papel na proteção do joelho principalmente nos movimentos que ocasionam mais impacto como a corrida e saltos. Para quem pratica futebol ou corrida vale a dica de sempre exercitar e alongar estes músculos independente da própria atividade. Não ache que só jogando futebol uma vez por semana ou correndo 10Km no final de semana você já estará exercitando a musculatura da perna! Não é o suficiente e nesses casos, o exercício complementar torna-se ainda mais importante para prevenir lesões!