terça-feira, 6 de março de 2012

Dor no trabalho - Postura sentada

Dor no trabalho. É possível evitá-la?

Nos dias de hoje fazemos cada vez mais tarefas ao mesmo tempo. Além disso, você já parou para pensar quanto tempo passa sentado em um dia? Com certeza muito mais do que o ideal.

Não que exista um tempo certo para ficarmos sentados, porém quanto mais sentados ficamos ao longo de um dia, maiores são as possibilidades de desenvolvermos algum tipo de dor ou desconforto. Além da dor causada pelo longo período em uma mesma posição, soma-se a isso o estresse das responsabilidades e atividades no trabalho, que deixam nossos músculos mais tensos e, consequentemente, trazem ainda mais dor e muito desconforto.

E porque ficar sentado causa tanto desconforto?
Essa posição leva ao encurtamento dos músculos posteriores do nosso corpo, principalmente os dos membros inferiores e da coluna lombar. Ou seja, quanto mais tempo sentado, maior o encurtamento.

Além de causar dor muscular, esse encurtamento também aumenta a sobrecarga nas articulações, podendo dificultar a circulação e comprometer a postura, gerando dor de forma constante na região da coluna e nas pernas.


Ficar sentado por um longo tempo também aumenta a tensão dos músculos cervicais, gerando dor local, dor de cabeça e muitas vezes a sensação de formigamento e falta de força nos membros superiores, por causa da compressão dos nervos cervicais.

Veja algumas dicas de como prevenir as dores relacionadas ao trabalho:

- Antes de qualquer coisa, pratique atividades físicas regulares: escolha a que lhe traga mais prazer. Exercícios melhoram a flexibilidade, o condicionamento físico, relaxam a musculatura e proporcionam uma sensação de bem-estar, o que pode melhorar até o seu rendimento no trabalho;

- Evite passar muito tempo sentado: programe ao longo do seu dia pausas no trabalho, mesmo que pequenas (cerca de um minuto). Procure caminhar alguns passos para tomar água ou buscar um documento na impressora. Evite utilizar a impressora na sua mesa de trabalho, estas pausas proporcionarão a melhora da circulação dos membros inferiores e evitarão encurtamentos musculares, além de “arejar” os pensamentos;

- Participe das aulas de ginástica laboral: exercícios de alongamento e relaxamento quando realizados de forma sistemática melhoram a flexibilidade, reduzem a possibilidade de tensões musculares e diminuem a dor;

- Trabalhe com alegria!

E, se mesmo assim a dor persistir, procure um médico especialista ou fisioterapeuta para lhe avaliar.

Fonte: http://blog.einstein.br/categoria.aspx?categoria=Em Dia com a Sa%C3%BAde

Musculação na adolescência

Musculação na adolescência: praticar ou não?

Dos 10 aos 15 anos, o pré-adolescente está em crescimento acelerado. Por isso, muitos cuidados devem ser tomados.

Na musculação, é alto o risco de comprometer a cartilagem, que faz a ligação dos ossos com os músculos, pois a repetição de exercícios, com peso, pode ocasionar um processo inflamatório – chamado de osteocondrite - interferindo na cartilagem de crescimento. Por isso, a prática só é indicada depois da puberdade, quando os hormônios se estabilizam e o adolescente ganha uma força muscular muito maior.

A musculação, se praticada de forma exagerada, pode ocasionar uma fratura por estresse, causada pela excessiva repetição do movimento com sobrecarga, gerando desgaste ósseo.

Algumas recomendações importantes:
- Condicionamento físico prévio. Se for a primeira atividade física da criança, deve ser feito um trabalho aeróbico;
- Aquecimento e alongamento antes de qualquer atividade;
- Treino planejado de acordo com a idade, a altura e o peso da criança;
- Cuidado com o material utilizado. Se crianças quiserem praticar a atividade, a melhor opção é realizar exercícios com elástico, bolas e saltos para movimentar as pernas;
- Frequência: até três vezes por semana, com duração de, no máximo, 1 hora;
- Série com cargas baixas;
- Cuidados redobrados com a hidratação e a alimentação da criança.

Fonte: http://blog.einstein.br/categoria.aspx?categoria=D%C3%BAvidas sobre Sa%C3%BAde

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Lesões Musculares

É comum o tratamento de lesões musculares (estiramento, contratura) em um consultório de Fisioterapia. Por isso, vamos saber mais a respeito!

As lesões musculares podem ocorrer por diversos mecanismos, seja por trauma direto (pancada), movimento abrupto ou em amplitude excessiva, laceração ou isquemia.
As principais causas de lesão são o treinamento físico inadequado, a retração muscular acentuada, desidratação, nutrição inadequada e a temperatura ambiente desfavorável.

Após a lesão, inicia-se a regeneração muscular, com uma reação inflamatória, entre 6 e 24 horas após o trauma (por isso ´neste período aparece intensa dor acompanhada ou não de hematoma, inchaço e perda funcional).

O processo de cicatrização inicia-se cerca de três dias após a lesão, com estabilização em três semanas. A restauração completa pode levar até 60 dias para se concretizar, desde que seja feito um bom trabalho de reabilitação.

As lesões musculares podem ser classificadas em quatro graus: grau 1 é uma lesão com ruptura de poucas fibras musculares, mantendo-se intacta a fáscia muscular (estrutura que envolve o músculo); grau 2 é uma lesão de um moderado número de fibras, também com a fáscia muscular intacta; lesão grau 3 é a lesão de muitas fibras acompanhada de lesão parcial da fáscia; grau 4 é a lesão completa do músculo e da fáscia (ou seja, ruptura total).

A lesão muscular por estiramento pode ocorrer nas contrações concêntricas (quando o músculo está em contração e com o comprimento diminuído) ou excêntricas (músculo em contração mas alongado, caso das amplitudes exageradas realizando força), sendo muito mais comum nesta última, com a falha freqüentemente ocorrendo na junção miotendínea (ponto de transição entre uma estrutura pouco elástica - tendão - e outra mais móvel - o músculo propriamente dito).

O diagnóstico é realizado pelo exame clínico; quanto mais intensos os sintomas e impotência funcional, mais severa é a lesão muscular. A Ultrassonografia, a Tomografia e a Ressonância Magnética também podem ser consideradas para auxiliar no diagnóstico e tratamento, tendo em vista que a correta localização anatômica da lesão é fundamental para o tratamento e previsão de retorno ao esporte.

Tratamento

A imobilização do músculo após a lesão, como em qualquer outro tecido, pode levar a atrofia e portanto deve ser evitada. A perda de massa muscular ocorre rapidamente e depois tende a estabilizar e a perda de força ocorre simultaneamente. A resistência à fadiga diminui rapidamente.
Já a mobilização precoce aumenta a resistência das fibras à tensão, melhora a orientação das fibras e mantém uma adequada vascularização do músculo, evitando a atrofia muscular.

Deve-se instituir de imediato a aplicação de gelo local, repouso relativo e medicações anti-inflamatórias.
Após dois a três dias inicia-se então o tratamento fisioterapêutico, com ênfase em analgesia, ganho lento e progressivo de mobilidade / alongamento, fortalecimento muscular e melhoria da resistência. A seguir trabalha-se a propriocepção e o condicionamento geral do atleta, com liberação completa ao esporte quando o atleta se encontrar nas mesmas condições pré-lesão e sentir segurança para retornar.

Prevenção de lesões musculares

As lesões musculares podem ser evitadas através de um bom condicionamento físico, trabalhando a força muscular adequadamente e mantendo um bom alongamento da musculatura.

Baseado em: http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/lesoes_musculares.htm

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A descoberta da Aspirina (Drauzio Varella - Folha de SP 14/01/12)

Em 1763, Edward Stone descreveu os efeitos medicinais da casca do salgueiro no alívio dos sintomas da malária. Foi o primeiro ensaio clínico da história da medicina, passo essencial para o desenvolvimento da aspirina.
O Papiro de Ebers, livro texto escrito em 1534 antes de Cristo, descreve um tônico obtido a partir da casca do salgueiro e este tônico era receitado para aliviar dores nas juntas e outras partes do corpo.
No século 19, com a prosperidade e inovações tecnologicas, iniciou-se a competição para sintetizar o princípio ativo presente no salgueiro.
Ao redor de 1850, tornou-se popular o uso de medicações com os nomes de salicilina, acido salicilico e salicilato de sódio para tratamento de dores, febre e inflamações.
Depois, o desafio passou a ser a síntese química de um derivado que não fosse tão toxico para o estômago.
Em 1894, Felix Hoffmann, químico que se juntou a Bayer, conseguiu sintetizar o ácido acetilsalicilico, finalmente registrado como Aspirina no dia 01/02/1899.
No mundo são produzidas 40 mil toneladas de ácido acetilsalicilico por ano, droga sobre a qual já foram publicados mais de 26 mil trabalhos cientificos.
Propriedades: antitérmico, anti-inflamatório e inibição da agregação plaquetária.
Graças a este último efeito, passou a ser indicado na prevenção de doenças cardiovasculares.

É comprovado que administrar doses baixas de aspirina depois de um derrame cerebral ou ataque cardíaco, reduz o risco de um segundo episódio.
Agora o que todos devem saber: 162 a 325mg de aspirina administrados nas primeiras 24h depois de um infarto reduzem pela metade o risco de morte ou de ocorrer um segundo infarto.
Em caso de não haver médico por perto de alguém com dor sugestiva de ataque cardíaco, não esqueça: 2 a 3 comprimidos de 100mg de ácido acetilsalicilico. Mal não fará.


Trechos da coluna do dr. Drauzio Varella publicada em 14/01/12 na Folha de São Paulo